Em se tratando de música Quixeramobim é uma
cidade privilegiada, acredite você ou não amigo leitor, varias são as músicas
que carregam o vocábulo Quixeramobim entranhado em seus versos, embora nenhuma
delas seja de sucesso estrondoso Brasil afora. Então aqui vai a tentativa de
fazer uma crônica sobre as musicas que falam em Quixeramobim, é um pouco
difícil, mas vamos lá.
Por começo vale dizer que como na literatura, a boa música sobre qualquer cidade deve prender o ouvinte numa descrição simples, mas robusta de referências sociais e emocionais exaladas pelos poetas-cantores, e as letras e melodias devem ser ao mesmo tempo inspiradas e inspiradoras aos que ouvem e se movem por lá.
Por começo vale dizer que como na literatura, a boa música sobre qualquer cidade deve prender o ouvinte numa descrição simples, mas robusta de referências sociais e emocionais exaladas pelos poetas-cantores, e as letras e melodias devem ser ao mesmo tempo inspiradas e inspiradoras aos que ouvem e se movem por lá.
Nesse sentido, logo de saída me vem na mente o baiano Gordurinha na voz de Ary Lobo que agraciou a cidade com uma espécie de hino informal (digo isso porque essa letra os populares conhecem de cor e salteado) no baião “Quixeramobim” afinal de contas “onde é que tem uma redinha muito boa, pra depois do almoço a gente descansar? É em Quixeramobim, é Quixeramobim, é lá no meu Ceará”. O curioso é que não encontrei na biografia de Gordurinha qualquer relação com a cidade (só essa musica, é claro!).
Com forte relação biográfica com a cidade e “Também cansado de ver arranha o céu” o arquiteto do verso Fausto Nilo, compositor de grande sucesso, eterno apaixonado por sua Pólis, não se esqueceria de homenageá-la, e o fez com a canção homônima “Quixeramobim” que teve gravação de seu parceiro Fagner “Meu amor que será de mim? Quixeramobim? O que será de mim? Meu amor que será ?’’. o que será eu não sei, mas acho que tudo é criança na lembrança dele.
Já os Bossa-novistas Vinicius de Moraes e Carlos Lira, nomes de referencia nacional compuseram a quase desconhecida, mas fantástica e pitoresca“Pau-de-Arara” onde relatam na música a história de um migrante cearense nas terras cariocas, o pitoresco se dá porque o tal migrante conta que tinha“um cumpadre meu lá de Quixeramobim que ganhou um dinheirão comendo gilete na praia de Copacabana” embora aparentemente seja essa música o único registro desse quixeramobinense (fictício ou não?) comedor de gilete, ela é praticamente desconhecida dos populares da cidade.
Recentemente a cantora Maria Rita surgiu no cenário nacional cantando de Ronaldo Barcelos e Picolé, a sensual canção “Corpitcho”, na letra um carioca narra sobre uma certa “maldade” que esta se “globalizando”, e adivinha você o que ele faz na tentativa de fugir desse mal? Não, não adivinhe o próprio confessa “Juro que tentei mudar pra algum lugar longe daqui, pra Quixeramobim...” só que não adiantou muito não viu, já que em Quixeramobim, esse tal mal também globalizou.
E pra encerrar não poderia esquecer-se da clássica canção “Até o fim” de Chico Buarque (a minha preferida das que falam em Quixeramobim) onde o poeta intertextualiza com Drummond em seu “poema de sete faces”, gosto especialmente dessa música porque ela retrata um sujeito assim como eu, predestinado a ser errado, que não tem dom para quase nada (muito menos para escrever crônica), mas que não desiste de suas ideais e segue tocando a vida. Até porque como diz a música: “Mamãe falou que eu faço um bruto sucesso em Quixeramobim...”
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