Têm
sido frequentes as denúncias de descaso do Governo do Estado com a
Biblioteca Pública Menezes Pimentel, em Fortaleza. Manutenção permanente
não há, e as reformas, quando milagrosamente feitas, como há mais dez
anos, encontram a estrutura em situação lastimável, danificando o acervo
e transformando o torturante desconforto de leitores e pesquisadores em
envergonhada resignação com o secular descaso pela educação e a
cultura. Em recente capítulo do indigesto novelão do cachê abusivo de
Ivete Sangalo, o jornalista Ricardo Boechat criticou severamente aquela
atitude, o mau uso do dinheiro público. Mas interessa ressaltar aqui
outras palavras do jornalista, naquele mesmo contexto, quando diz: "O
Ceará é um estado miserável e analfabeto".
Embora possamos questionar o veio preconceituoso, em termos econômicos e educacionais, com nossa terrinha, não podemos fechar os olhos à grande parte de verdade desse pensamento quando o relacionamos aos gestores públicos. Infelizmente, as condições dos equipamentos culturais destinados ao povo, vide Biblioteca Pública Menezes Pimentel, revelam má vontade, excesso de burocracia, choramingas de falta de verba, cargo de secretários de cultura como mero apêndice e cabide político...
Sem dúvida, falta zelo público e visão de futuro aos nossos governantes e políticos que só vislumbram as lucrativas obras faraônicas, no tacanho e cego imediatismo do poder. Enfim, esse descaso com o templo da leitura só depõe a favor dos preconceitos contra os nortistas sempre miseráveis e ignorantes. Até quando?
Marcos José Diniz Silva
historiador e professor da Uece
Embora possamos questionar o veio preconceituoso, em termos econômicos e educacionais, com nossa terrinha, não podemos fechar os olhos à grande parte de verdade desse pensamento quando o relacionamos aos gestores públicos. Infelizmente, as condições dos equipamentos culturais destinados ao povo, vide Biblioteca Pública Menezes Pimentel, revelam má vontade, excesso de burocracia, choramingas de falta de verba, cargo de secretários de cultura como mero apêndice e cabide político...
Sem dúvida, falta zelo público e visão de futuro aos nossos governantes e políticos que só vislumbram as lucrativas obras faraônicas, no tacanho e cego imediatismo do poder. Enfim, esse descaso com o templo da leitura só depõe a favor dos preconceitos contra os nortistas sempre miseráveis e ignorantes. Até quando?
Marcos José Diniz Silva
historiador e professor da Uece
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