15 de jan. de 2011

Equilibrio

“Minhas sinceras condolências para os equilibrados”

Dizem os equilibrados que amar dói:
 Vá com calma!
Isso não vai dá certo!
Isso está errado!
E por aí vai...
Eu não.
Eu não Tenho medo da dor de amar.
 Tenho medo daquilo que não me trás sensação alguma.
Ora essa! Caro leitor,
Onde está a graça de viver se esquivando:
 - Não posso fazer isso.
- Não devo fazer aquilo.
Ponderar para quê? Pergunto-te.
Pois eu...
Quero sentir a ira e a temperança.
Quero sentir dentro de mim sabor e dissabores...
Sensações que fazem do homem um “tipo louco”.
Sem medo. Pudor. Ou qualquer coisa assim.
Por isso quero amar...
 Se isso faz doer...
Pois que venha para mim com toda força.
De forma visceral.
Porque quero simplesmente e necessariamente, ser uma criatura plena...


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“Embriaguez”

Um par de olhos verdes me olhou e disse: quer vinho venha...
E eu fui.
Disse: quero.
Provei do vinho.
E o vinho tinha um sabor esquisito...
Era assim:
No começo travava na língua...
Mas aos poucos ia ficando suave...
Parecia uma mistura de três uvas chilenas.
Tinha um cheiro bom...
Lembrava asfalto molhado.
 Era realmente muito saboroso.
 Sendo assim, claro. Logo me embriaguei.
Só não sei se foi o vinho.
Tenho cá as minhas dúvidas.
É possível que tenha sido o efeito daquele par de olhos verdes me olhando...
De uma forma tão tênue e sincera jamais vista em outro alguém.
Isadora

3 comentários:

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